MATRÍCULA PARA ANO LETIVO 2012
ALUNOS NOVOS:
REDE MUNICIPAL DE ENSINO (todas as idades): 27/02 - manhã e tarde, 28/02 - manhã, tarde e noite e 29/02 - manhã e tarde
DEMAIS INTERESSADOS (todas as idades): 01/03 - manhã, tarde e noite, 02/03 - manhã e tarde
HORÁRIOS: Manhã: das 8h às 11h
Tarde: das 13h 30min às 16h 30
Para as aulas de dança os alunos devem ter sapatilha ou meia antiderrapante, roupa confortável(colant,leggin) e cabelos sempre presos.
iNFORMAÇÕES: fone:3581.4109
terça-feira, 15 de novembro de 2011
domingo, 13 de novembro de 2011
Até o Despertar .. espetáculo 2011
Falemos de sonhos, mas não dos sonhos que elaboramos quando acordados.
Falemos dos sonhos sonhados, dos sonhos dormidos, aqueles que nos surpreendem inesperadamente durante a noite. Vêm de longe, de misteriosos corredores, de escadas mirabolantes, de percursos tortuosos e ilógicos, frutos das zonas obscuras do nosso ser.
Trazem mensagens normalmente indecifráveis, trazem nossas angústias, nossas felicidades, são prazerosos, são aterradores.Estranho este mundo feito de névoas e fragmentos concretos e surreais. Alguns são tão incrivelmente incríveis que a nossa própria censura não permite lembrá-los, são aqueles que nos levam a dizer : esta noite não sonhei nada. Na realidade sonhamos , mas muitas vezes não recordamos.
Bem ,convidamos você a mergulhar neste mundo surreal que trouxemos para o palco com movimento, ritmo, luz e cor ,sem pretensões interpretativas ou de significado lógico,mas deixando aflorar a criatividade .
Sonhem...e ...Até o despertar
Data: 22,23 e 24 de novembro
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
Centro de Cultura NH
Horário: 20h
FICHA TÉCNICA
Direção Coreográfica
Aurea Juliana Feijó
Concepção Temática
Aurea Juliana Feijó
Carlos Hugo Geib
Leopoldo Schneider
Figurinos e Adereços
Leopoldo Schneider
Fotografia Espetáculo
Diogo Mascarenhas
Sessão de Fotos
Malmamm Produções
Filmagem do Espetáculo
Malmann Produções
Iluminação
Anderson Zang
Agradecimentos
Aeroclube de NH
Proderma Farmácia
Cristine Beck Artesanato
Mauro Reinheimer
Horácio Cunha da Rocha
Luis Kayser
Gilberto Marins
Eloí Miranda de Souza
Maria Aparecida Pedro
Bob Lis Cosméticos
D’Meias
Entre MalhasL
Lojas Pirueta
Di Bassani
Grupo de Pais
Equipe de Bastidores
Colegas do Atelier Livre
A todos que contribuíram para a
realização deste espetáculo
Falemos dos sonhos sonhados, dos sonhos dormidos, aqueles que nos surpreendem inesperadamente durante a noite. Vêm de longe, de misteriosos corredores, de escadas mirabolantes, de percursos tortuosos e ilógicos, frutos das zonas obscuras do nosso ser.
Trazem mensagens normalmente indecifráveis, trazem nossas angústias, nossas felicidades, são prazerosos, são aterradores.Estranho este mundo feito de névoas e fragmentos concretos e surreais. Alguns são tão incrivelmente incríveis que a nossa própria censura não permite lembrá-los, são aqueles que nos levam a dizer : esta noite não sonhei nada. Na realidade sonhamos , mas muitas vezes não recordamos.
Bem ,convidamos você a mergulhar neste mundo surreal que trouxemos para o palco com movimento, ritmo, luz e cor ,sem pretensões interpretativas ou de significado lógico,mas deixando aflorar a criatividade .
Sonhem...e ...Até o despertar
Data: 22,23 e 24 de novembro
Local: Teatro Paschoal Carlos Magno
Centro de Cultura NH
Horário: 20h
FICHA TÉCNICA
Direção Coreográfica
Aurea Juliana Feijó
Concepção Temática
Aurea Juliana Feijó
Carlos Hugo Geib
Leopoldo Schneider
Figurinos e Adereços
Leopoldo Schneider
Fotografia Espetáculo
Diogo Mascarenhas
Sessão de Fotos
Malmamm Produções
Filmagem do Espetáculo
Malmann Produções
Iluminação
Anderson Zang
Agradecimentos
Aeroclube de NH
Proderma Farmácia
Cristine Beck Artesanato
Mauro Reinheimer
Horácio Cunha da Rocha
Luis Kayser
Gilberto Marins
Eloí Miranda de Souza
Maria Aparecida Pedro
Bob Lis Cosméticos
D’Meias
Entre MalhasL
Lojas Pirueta
Di Bassani
Grupo de Pais
Equipe de Bastidores
Colegas do Atelier Livre
A todos que contribuíram para a
realização deste espetáculo
Sarau de Artes de Lomba Grande
Alunos de Dança do Atelier Livre juntamente com o Coral Canta Lomba participaram do Sarau de Artes de Lomba Grande , promovido pela comunidade evangélica luterana do bairro. O evento foi no dia 14 de outubro no Centro de Eventos da Igreja Luterana.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Cia Deborah Colker
Tatyana, o novo espetáculo da coreógrafa carioca esteve em turnê no Rio Grande do Sul nos dias 28 e 29 de julho no Teatro do Sesi em Porto Alegre.
Conferimos o espetáculo e conseguimos também chegar mais perto do elenco junto aos camarins.
Conferimos o espetáculo e conseguimos também chegar mais perto do elenco junto aos camarins.
domingo, 4 de setembro de 2011
Dance a 5a.- Ass. Pró-Dança NH
A Associação Pró-Dança de Novo Hamburgo realiza no próximo dia 15 de setembro, quinta feira,mais uma edição do Dance a 5ª.O Atelier Livre participará com a apresentação da coreografia Sombras, mas convida aos demais alunos para prestigiarem a programação do evento que é bem diversificada, reunindo bailarinos de vários grupos e escolas de dança de NH. O evento acontecerá no Teatro Paschoal Carlos Magno, a partir das 20h. Ingressos antecipados a R$ 8,00 com prof. Aurea e R$ 10,00 no local.
Meninos, rapazes, homens na dança
Meninos na Dança
Várias pessoas tem preconceito contra meninos na dança dizem que é coisa de marica mas eu danço há 4 anos e não ligo pra metade das pessoas preconceituosas ,bom ,eu tenho orgulho de mim mesmo!" Bruno Seixas, 11 anos'
Rafael Brandão, de 12 anos,comenta que começou a dançar no Centro de Vivência Redentora, a convite de seu tio, Rei Carlos, que fazia aula neste projeto.No seu primeiro dia de aula ficou com vergonha, mas agora sente -se mais seguro. Diz que gosta de dançar porque se sente mais solto."Quero ir mais longe para ter sucesso e ficar famoso,aparecer no jornal e dançar em todos os lugares do Rio Grande do Sul".
Mateus Fenner tem 18 anos e desde o ano passado frequenta as aulas de dança do Atelier Livre.Há três anos atrás participou de um festival em sua escola e foi o escolhido do público.Acha importante o apoio dos colegas Rei Carlos e Andressa que o motivam a continuar.Gostaria muito que outros garotos dançassem pois além de ser muito bom , ajuda a perder o medo de enfrentar o público.
Rei Carlos, 18 anos, entende que a sociedade ainda é muito crítica em relação aos rapazes que dançam, julgando-os em sua sexualidade.Comenta que sente-se bem dançando, o que já faz há cinco anos. Quando as pessoas buscarem a informação entenderão que muito do que afasta os homens da dança é o preconceito.
Valdir Neto, coloca que " a participação masculina na dança é muito importante porque assim os bailarinos provam que dança não é coisa de garota e também porque tem coragem de fazer o que gostam .Dança não é só coisa de garota e sim de quem sabe o que é cultura."
Várias pessoas tem preconceito contra meninos na dança dizem que é coisa de marica mas eu danço há 4 anos e não ligo pra metade das pessoas preconceituosas ,bom ,eu tenho orgulho de mim mesmo!" Bruno Seixas, 11 anos'
Rafael Brandão, de 12 anos,comenta que começou a dançar no Centro de Vivência Redentora, a convite de seu tio, Rei Carlos, que fazia aula neste projeto.No seu primeiro dia de aula ficou com vergonha, mas agora sente -se mais seguro. Diz que gosta de dançar porque se sente mais solto."Quero ir mais longe para ter sucesso e ficar famoso,aparecer no jornal e dançar em todos os lugares do Rio Grande do Sul".
Mateus Fenner tem 18 anos e desde o ano passado frequenta as aulas de dança do Atelier Livre.Há três anos atrás participou de um festival em sua escola e foi o escolhido do público.Acha importante o apoio dos colegas Rei Carlos e Andressa que o motivam a continuar.Gostaria muito que outros garotos dançassem pois além de ser muito bom , ajuda a perder o medo de enfrentar o público.
Rei Carlos, 18 anos, entende que a sociedade ainda é muito crítica em relação aos rapazes que dançam, julgando-os em sua sexualidade.Comenta que sente-se bem dançando, o que já faz há cinco anos. Quando as pessoas buscarem a informação entenderão que muito do que afasta os homens da dança é o preconceito.
Valdir Neto, coloca que " a participação masculina na dança é muito importante porque assim os bailarinos provam que dança não é coisa de garota e também porque tem coragem de fazer o que gostam .Dança não é só coisa de garota e sim de quem sabe o que é cultura."
Escola Municipal Arnaldo Grin
No dia 31 de agosto participamos de um momento de fruição artística com os alunos da Escola Municipal Arnaldo Grin, no bairro santo Afonso.
Os alunos de dança contemporânea do Atelier Livre : Bruno Seixas, Amábily Mello e Franciele Goulart brindaram aos alunos da escola, com a apresentação dos seus solos coreográficos.
Foi uma manhã bem gostosa.A escola possui um auditório com um pequeno palco. Salientamos aos alunos que aquele espaço é muito bom para a realização de aulas de dança e deve ser muito valorizado por todos.
A opinião dos bailarinos:
Bruno:" No inicio achei que os pequenos iam ter mais atenção na conversa do que os grandes, mas foi totalmente ao contrario, eles prestaram bastante atençâo no que a Tuti disse ;surpreendente"
Os alunos de dança contemporânea do Atelier Livre : Bruno Seixas, Amábily Mello e Franciele Goulart brindaram aos alunos da escola, com a apresentação dos seus solos coreográficos.
Foi uma manhã bem gostosa.A escola possui um auditório com um pequeno palco. Salientamos aos alunos que aquele espaço é muito bom para a realização de aulas de dança e deve ser muito valorizado por todos.
A opinião dos bailarinos:
Bruno:" No inicio achei que os pequenos iam ter mais atenção na conversa do que os grandes, mas foi totalmente ao contrario, eles prestaram bastante atençâo no que a Tuti disse ;surpreendente"
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
XXIII DANÇANDO
Realizou-se no periodo de 20 a 27 de agosto, em NH o XXIII DANÇANDO, tradicional festival de dança de Novo Hamburgo. Desta vez o Atelier foi representado pelo aluno Bruno Seixas, de 11 anos . Ele apresentou o solo "Liberdade"", criado por ele mesmo por ocasião da VII Mostra Interna de Dança do Atelier, realizada em julho.
Bruno competiu na categoria solo livre -estudantil e atingiu média oito, com o que conquistou o segundo lugar .
Depoimento do Bruno:"Fiquei muito nervoso principalmente na hora de apresentar ,mas valeu a pena ,ganhei um segundo lugar lugar. A-D-O-R-E-I."
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Neto e seus desenhos
O aluno de dança e violão, Valdir Seixas Neto mostra que tem habilidades também no desenho.
Abaixo uma representaçao animada da turma de dança da qual faz parte.
Abaixo uma representaçao animada da turma de dança da qual faz parte.
domingo, 10 de julho de 2011
Orquestra de Sopros NH
Mais uma vez bailarinas do Atelier Livre estarão participando do Concerto da Orquestra de Sopros de Novo Hamburgo.
Será no dia 31 de julho, domingo, às 20h, no Teatro Paschoal Carlos Magno, no Centro de Cultura de NH.
No repertório da OSNH, sob a regência do maestro Marcos Grof , composições como : Habanera, Over the Rainbow, Summertime ,Pompa e Circunstância,Guilherme Tell ,Trompete de Espanha entre outras.
O elenco de bailarinas é formado por Andressa Laís Nunes Pereira,Amanda Grin , Bruna Reis Alves, Giovana Rigo, Rafaela Lindenmeyer e Luis Henrique Becker A direção coreográfica é de Aurea Feijó.
Será no dia 31 de julho, domingo, às 20h, no Teatro Paschoal Carlos Magno, no Centro de Cultura de NH.
No repertório da OSNH, sob a regência do maestro Marcos Grof , composições como : Habanera, Over the Rainbow, Summertime ,Pompa e Circunstância,Guilherme Tell ,Trompete de Espanha entre outras.
O elenco de bailarinas é formado por Andressa Laís Nunes Pereira,Amanda Grin , Bruna Reis Alves, Giovana Rigo, Rafaela Lindenmeyer e Luis Henrique Becker A direção coreográfica é de Aurea Feijó.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Mostra Interna de Dança -
Dia 14 de julho, às 20h ,no Teatro Paschoal Carlos Magno-NH, com entrada gratuita.
Na primeira parte do programa serão apresentados os trabalhos coreográficos desenvolvidos por alunos de dança do Atelier. Estão inscritos os alunos: Bruno Seixas, Franciele Goulart, Amabily Mello,Gabriela Voss, Nicole Assmann,Caroline Delly,Laíza Reinheimer, Marília Ramos,Bruna Alves,Bruna Machado e Amanda Grin.
Na segunda parte, haverá a participação da Malma Cia. de Dança, com a pré-estréia do trabalho "Muito Prazer Piaff" , do coreógrafo Arilton Assunção .
A Malma Cia de Dança, tem direção de Alex Lassakoski .
Na primeira parte do programa serão apresentados os trabalhos coreográficos desenvolvidos por alunos de dança do Atelier. Estão inscritos os alunos: Bruno Seixas, Franciele Goulart, Amabily Mello,Gabriela Voss, Nicole Assmann,Caroline Delly,Laíza Reinheimer, Marília Ramos,Bruna Alves,Bruna Machado e Amanda Grin.
Na segunda parte, haverá a participação da Malma Cia. de Dança, com a pré-estréia do trabalho "Muito Prazer Piaff" , do coreógrafo Arilton Assunção .
A Malma Cia de Dança, tem direção de Alex Lassakoski .
Seminário de Arte - A Dança na Escola: área de conhecimento ou só coreografia?
Aurea Juliana Feijó
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais a dança aparece nas diretrizes de Arte e de Educação Física. No entanto, o que se percebe nestes contextos é que a dança deveria ser abordada de forma mais ampla e significativa, contribuindo para sua efetiva ocorrência no currículo.
Quando é oferecida na escola, sua presença estrutura-se principalmente como atividade extra-classe, geralmente a cargo de professores de educação física, de arte , daquele professor que se identifica com o assunto, que gosta de dançar ou que já dançou em algum momento de sua vida. Assim , em muitos casos , a dança que acontece nas escolas acaba traduzindo-se em coreografias para festividades escolares,sem aprofundamento de conceitos e conhecimentos.
Carla Morandi, no livro Entre a Arte e a Docência na pg.74. corrobora esta afirmação ao colocar que : “Assim, desprovida de um processo de construção corporal do conhecimento, a dança surge já na forma de ensaios. Mesmo justificando a participação dos alunos na elaboração das coreografias, a criação sem o processo de elaboração corporal torna-se mera reprodução de passos desprovidos de estudo de reflexão do movimento.”
Já Márcia Strazzacappa, também no Livro Entre a Arte e a docência,2009,pag.17, esclarece muito bem a situação da dança dentro da escola ao afirmar que : “ a dança trabalha o corpo e o movimento do indivíduo, mas isso a educação física também faz. A dança desenvolve noções rítmicas, mas a música também. A dança amplia as noções espaciais da criança e do adolescente situando-os no tempo e no espaço e desenvolvendo sua expressão corporal, mas o teatro também. A dança preocupa-se com a educação estética, mas as artes plásticas também. A dança proporciona o desenvolvimento da criatividade e da sensibilidade, mas isso todas as linguagens artísticas proporcionam... “Esta situação deixa a sensação de que a dança não se caracteriza como área de conhecimento autônoma, pois não tem conteúdo próprio”.
O que não é verdade. É importante que saibamos que a dança é uma área de conhecimento autônoma, com conceitos e fundamentos próprios , que estabelece ligações com outra linguagens artísticas , que dialoga com as ciências,que produz conhecimentos.
E na escola, sua importância justifica-se em si mesma, tanto quanto outras áreas do conhecimento que também são capazes de socializar,integrar, descontrair, desinibir, etc.
Como diz Morandi ,2009,pág.90 “o propósito da dança como forma de arte e expressão é justamente propiciar ao corpo que dança possibilidades diferenciadas de percepção e cognição, diferentemente do que ocorre com o corpo na dança da festa junina ou outra festa qualquer.”
Nesta colocação ,o corpo que dança ,pode ser entendido como um corpo presente, autor de sua construção de conhecimento, enraizado ; diferente de um corpo na dança entendido como circunstancial ,laisser-faire, desprovido de um maior comprometimento a não ser o divertimento.
Assim, diferente do que criar “danças” que acabam sendo movimentos na música, as coreografias devem ser o resultado de um processo de construção de conhecimentos realizado ao longo das aulas.
As apresentações são importantes e estimulantes para os alunos, fazem parte do universo da dança. São oportunidades que se tem de mostrar o resultado do trabalho desenvolvido .O resultado é cênico. A dança é uma arte efêmera, que acontece na dimensão do tempo e do espaço. Ela acontece e some. Seu registro, a princípio, fica na memória das pessoas que a executaram ou assistiram.
Temos que lembrar também que em muitos casos é através destes momentos que a comunidade escolar tem a oportunidade de ter uma educação estética,.
Diante disto, vemos a dimensão da importância e do alcance daquilo que propomos colocar em cena.
E mais ,é preciso ter em mente que o professor que está a frente da mediação dos conhecimentos também tem que passar pelo processo do fazer-sentir-refletir para estruturar internamente o movimento.Ele também precisa compreender o caminho do movimento no corpo, suas dinâmicas energéticas, conexões, impulsos e sinergias. É preciso descobrir a inteligência que existe no movimento corporal.
Assim, concordamos com Morandi, 2009 ,pag.88 quando diz: “Acreditamos que um estudo mais aprofundado em dança para os professores que desejam trabalhá-la nas escolas seja essencial para que este ensino se efetive, e isto necessariamente tem que passar pelo corpo do professor.
Por isto também acreditamos que a metodologia nos projetos de dança criativa não pode ser pautada somente na bagagem cultural do aluno.Ela é importante na medida em que faz suscitar o crescimento e a autoria do aluno no processo de aprendizagem,mas o professor tem que propor situações diferenciadas que gerem uma construção de conhecimentos, que ampliem o universo simbólico e o vocabulário técnico - motriz do aluno.
Denise Siqueira, em seu livro Corpo, Comunicação e Cultura, cita David Berlo que diz: “A dança, como qualquer forma artística que comunique, que tenha significação, exige um código. Em cada situação, o comunicador tem um conjunto de elementos e várias alternativas para combiná-los. Ser bom dançarino seria, em parte, conhecer o vocabulário disponível e ser capaz de estruturá-lo da maneira mais positiva.”
Ao longo de nossa vida aprendemos a falar e escrever ,mas o mesmo não se aplica ao movimento.Conhecê-lo é como saber falar e escrever, articular palavras ,buscar um sentido e descobrir seu estilo pessoal. Expandir o vocabulário de movimento significa a compreensão e produção de movimentos de qualidades diversas ,uma experiência que visa o sujeito, que o expõe e conscientiza de outras possibilidades de resposta corporal as solicitações internas e externas.
Não podemos deixar de citar também a questão sobre o espaço adequado para um desenvolvimento do trabalho em dança.Piso e espaço adequados facilitam e ampliam as possibilidades de movimentos . A dança vai se reforçar na escola também a partir do momento em que o professor lutar por sua afirmação dentro do currículo como conteúdo da arte, articulado de maneira mais adequada, sem improvisações.
DANÇA- muito mais do que passos
Lisete Vargas , em seu livro Escola em Dança ,2007, pág 62 ,coloca que : “O corpo é o próprio ser humano, sua natureza corpórea é a base de sua existência,se não há corpo obviamente não há pessoa . O corpo é o ponto de partida para todo trabalho expressivo.Não ocorre nada quando não se sente nos ossos,músculos e na respiração.” Ser humano aqui entendido como consciência e corporeidade., um corpo que pensa, um pensamento que é corpo.
Como a dança trabalha /atua /interfere com todo este aparato de consciência e corporeidade, podemos dizer que dança é o pensamento do corpo, ou a linguagem escondida da alma como citou Martha Graham, bailarina norte americana (1894-1991).
Por este motivo a dança é muito mais do que passos com nomes pré determinados tecnicamente . Existe uma construção histórica neste sentido, o ballet clássico é a prova disto. Mas por trás existe um todo de possibilidades a ser acionado que envolve questões do intelecto, fisiológico, mental, emocional e subjetivo .
Para Rudolf Von Laban dança na verdade é uma articulação entre movimento, dançarino, som e o espaço geral. E é esta relação do movimento com os outros aspectos da dança que a transformam em arte, pois criam-se relações simbólicas e significativas entre aquele que interpreta o movimento e o meio. É uma linguagem impregnada de percepções táteis, visuais, auditivas, afetivas e cinestésicas.
E para Isabel Marques, no Livro Linguagem da Dança-Arte e Ensino, a linguagem da dança é um sistema de signos que permite a produção de significados e seus campos básicos, são: o intérprete ( o corpo dançante), o movimento da dança e o espaço cênico. As significações produzidas através destes campos de atuação, formando relações plurais, abertas e infinitas de coerência, constituem os eventos da dança. E aí,partindo desta gama de possibilidades, cada época, gênero, estilo, coreógrafo, diretor, intérprete de dança faz os seus recortes .
Assim, segundo Marques ,no que diz respeito ao:
intérprete :perguntamos: QUEM / COM QUEM SEMOVE? Quem é o ser que está a nossa frente enquanto aluno: biotipo,gênero,idade,etnia,classe,religião,orientaçãosexual,nacionalidade, percepção e organização corporal,atitude cênica,técnicas corporais,uso de figurinos e adereços.
• Movimento: perguntamos: O QUE SE MOVE (corpo- todas as referências e possibilidades corporais) ONDE SE MOVE ( estruturações referentes ao espaço) COMO SE MOVE ( referentes a qualidades do movimento ,tempo e dinâmicas) .
• Espaço cênico:refere-se a condições do ambiente, arquitetura, construções, paisagens sonoras (música ou não), paisagens visuais(cenários,adereços).
Estes três aspectos estão intrínsicamente interligados e compõem o que Marques chama de campo de tessitura da dança.
O que almejamos para o futuro é que a dança seja trabalhada nas escolas tanto quanto o são as demais disciplinas; pois produz significados e trabalha conceitos que também colaboram para o desenvolvimento integral do aluno . Para Isabel Marques, o aluno deveria ter um conhecimento tão qualificado nesta área tanto quanto aquele que recebe nas disciplinas de Geografia, Matemática ou qualquer outra disciplina do currículo, de modo que se pretender a uma profissionalização em dança,este preparo anterior já poderia ter sido oferecido na escola e não somente nas academias particulares de dança.
A afirmação da dança no currículo escolar é recente e ainda tem um caminho longo a percorrer, mas a partir dos PCNs ,da prolifereção dos cursos de graduação com licenciatura na área e as discussões no Colegiado Setorial de Dança do Ministério da Cultura , um novo horizonte pode ser delineado.
Bibliografia:
-Marques,Isabel A. Dançando na Escola?Isabel A.Marques-São Paulo: Cortez, 2003
-Marques,Isabel A.Linguagem da dança: arte e ensino/Isabel Marques.—1ed.—São Paulo: Digitexto,2010.
-Strazzacappa,Márcia.Entre a arte e a docência: a formação do artista da dança/Márcia Strazzacappa e Carla Morandi-Campinas,SP: Papirus,2006.
-Laban,Rudolf Von .Dança Educativa Moderna,Icone Editora.1990.
-Vargas,Lisete Arnizaut Machado de. Escola em Dança: movimento,expressão e arte.Lisete Arnizaut Machado de Vargas.Porto Alegre:Mediação.2007.
-Atelier Livre Municipal- texto oficina para professores – 2010-
-Apontamentos de texto de Regina Miranda- coreógrafa
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais a dança aparece nas diretrizes de Arte e de Educação Física. No entanto, o que se percebe nestes contextos é que a dança deveria ser abordada de forma mais ampla e significativa, contribuindo para sua efetiva ocorrência no currículo.
Quando é oferecida na escola, sua presença estrutura-se principalmente como atividade extra-classe, geralmente a cargo de professores de educação física, de arte , daquele professor que se identifica com o assunto, que gosta de dançar ou que já dançou em algum momento de sua vida. Assim , em muitos casos , a dança que acontece nas escolas acaba traduzindo-se em coreografias para festividades escolares,sem aprofundamento de conceitos e conhecimentos.
Carla Morandi, no livro Entre a Arte e a Docência na pg.74. corrobora esta afirmação ao colocar que : “Assim, desprovida de um processo de construção corporal do conhecimento, a dança surge já na forma de ensaios. Mesmo justificando a participação dos alunos na elaboração das coreografias, a criação sem o processo de elaboração corporal torna-se mera reprodução de passos desprovidos de estudo de reflexão do movimento.”
Já Márcia Strazzacappa, também no Livro Entre a Arte e a docência,2009,pag.17, esclarece muito bem a situação da dança dentro da escola ao afirmar que : “ a dança trabalha o corpo e o movimento do indivíduo, mas isso a educação física também faz. A dança desenvolve noções rítmicas, mas a música também. A dança amplia as noções espaciais da criança e do adolescente situando-os no tempo e no espaço e desenvolvendo sua expressão corporal, mas o teatro também. A dança preocupa-se com a educação estética, mas as artes plásticas também. A dança proporciona o desenvolvimento da criatividade e da sensibilidade, mas isso todas as linguagens artísticas proporcionam... “Esta situação deixa a sensação de que a dança não se caracteriza como área de conhecimento autônoma, pois não tem conteúdo próprio”.
O que não é verdade. É importante que saibamos que a dança é uma área de conhecimento autônoma, com conceitos e fundamentos próprios , que estabelece ligações com outra linguagens artísticas , que dialoga com as ciências,que produz conhecimentos.
E na escola, sua importância justifica-se em si mesma, tanto quanto outras áreas do conhecimento que também são capazes de socializar,integrar, descontrair, desinibir, etc.
Como diz Morandi ,2009,pág.90 “o propósito da dança como forma de arte e expressão é justamente propiciar ao corpo que dança possibilidades diferenciadas de percepção e cognição, diferentemente do que ocorre com o corpo na dança da festa junina ou outra festa qualquer.”
Nesta colocação ,o corpo que dança ,pode ser entendido como um corpo presente, autor de sua construção de conhecimento, enraizado ; diferente de um corpo na dança entendido como circunstancial ,laisser-faire, desprovido de um maior comprometimento a não ser o divertimento.
Assim, diferente do que criar “danças” que acabam sendo movimentos na música, as coreografias devem ser o resultado de um processo de construção de conhecimentos realizado ao longo das aulas.
As apresentações são importantes e estimulantes para os alunos, fazem parte do universo da dança. São oportunidades que se tem de mostrar o resultado do trabalho desenvolvido .O resultado é cênico. A dança é uma arte efêmera, que acontece na dimensão do tempo e do espaço. Ela acontece e some. Seu registro, a princípio, fica na memória das pessoas que a executaram ou assistiram.
Temos que lembrar também que em muitos casos é através destes momentos que a comunidade escolar tem a oportunidade de ter uma educação estética,.
Diante disto, vemos a dimensão da importância e do alcance daquilo que propomos colocar em cena.
E mais ,é preciso ter em mente que o professor que está a frente da mediação dos conhecimentos também tem que passar pelo processo do fazer-sentir-refletir para estruturar internamente o movimento.Ele também precisa compreender o caminho do movimento no corpo, suas dinâmicas energéticas, conexões, impulsos e sinergias. É preciso descobrir a inteligência que existe no movimento corporal.
Assim, concordamos com Morandi, 2009 ,pag.88 quando diz: “Acreditamos que um estudo mais aprofundado em dança para os professores que desejam trabalhá-la nas escolas seja essencial para que este ensino se efetive, e isto necessariamente tem que passar pelo corpo do professor.
Por isto também acreditamos que a metodologia nos projetos de dança criativa não pode ser pautada somente na bagagem cultural do aluno.Ela é importante na medida em que faz suscitar o crescimento e a autoria do aluno no processo de aprendizagem,mas o professor tem que propor situações diferenciadas que gerem uma construção de conhecimentos, que ampliem o universo simbólico e o vocabulário técnico - motriz do aluno.
Denise Siqueira, em seu livro Corpo, Comunicação e Cultura, cita David Berlo que diz: “A dança, como qualquer forma artística que comunique, que tenha significação, exige um código. Em cada situação, o comunicador tem um conjunto de elementos e várias alternativas para combiná-los. Ser bom dançarino seria, em parte, conhecer o vocabulário disponível e ser capaz de estruturá-lo da maneira mais positiva.”
Ao longo de nossa vida aprendemos a falar e escrever ,mas o mesmo não se aplica ao movimento.Conhecê-lo é como saber falar e escrever, articular palavras ,buscar um sentido e descobrir seu estilo pessoal. Expandir o vocabulário de movimento significa a compreensão e produção de movimentos de qualidades diversas ,uma experiência que visa o sujeito, que o expõe e conscientiza de outras possibilidades de resposta corporal as solicitações internas e externas.
Não podemos deixar de citar também a questão sobre o espaço adequado para um desenvolvimento do trabalho em dança.Piso e espaço adequados facilitam e ampliam as possibilidades de movimentos . A dança vai se reforçar na escola também a partir do momento em que o professor lutar por sua afirmação dentro do currículo como conteúdo da arte, articulado de maneira mais adequada, sem improvisações.
DANÇA- muito mais do que passos
Lisete Vargas , em seu livro Escola em Dança ,2007, pág 62 ,coloca que : “O corpo é o próprio ser humano, sua natureza corpórea é a base de sua existência,se não há corpo obviamente não há pessoa . O corpo é o ponto de partida para todo trabalho expressivo.Não ocorre nada quando não se sente nos ossos,músculos e na respiração.” Ser humano aqui entendido como consciência e corporeidade., um corpo que pensa, um pensamento que é corpo.
Como a dança trabalha /atua /interfere com todo este aparato de consciência e corporeidade, podemos dizer que dança é o pensamento do corpo, ou a linguagem escondida da alma como citou Martha Graham, bailarina norte americana (1894-1991).
Por este motivo a dança é muito mais do que passos com nomes pré determinados tecnicamente . Existe uma construção histórica neste sentido, o ballet clássico é a prova disto. Mas por trás existe um todo de possibilidades a ser acionado que envolve questões do intelecto, fisiológico, mental, emocional e subjetivo .
Para Rudolf Von Laban dança na verdade é uma articulação entre movimento, dançarino, som e o espaço geral. E é esta relação do movimento com os outros aspectos da dança que a transformam em arte, pois criam-se relações simbólicas e significativas entre aquele que interpreta o movimento e o meio. É uma linguagem impregnada de percepções táteis, visuais, auditivas, afetivas e cinestésicas.
E para Isabel Marques, no Livro Linguagem da Dança-Arte e Ensino, a linguagem da dança é um sistema de signos que permite a produção de significados e seus campos básicos, são: o intérprete ( o corpo dançante), o movimento da dança e o espaço cênico. As significações produzidas através destes campos de atuação, formando relações plurais, abertas e infinitas de coerência, constituem os eventos da dança. E aí,partindo desta gama de possibilidades, cada época, gênero, estilo, coreógrafo, diretor, intérprete de dança faz os seus recortes .
Assim, segundo Marques ,no que diz respeito ao:
intérprete :perguntamos: QUEM / COM QUEM SEMOVE? Quem é o ser que está a nossa frente enquanto aluno: biotipo,gênero,idade,etnia,classe,religião,orientaçãosexual,nacionalidade, percepção e organização corporal,atitude cênica,técnicas corporais,uso de figurinos e adereços.
• Movimento: perguntamos: O QUE SE MOVE (corpo- todas as referências e possibilidades corporais) ONDE SE MOVE ( estruturações referentes ao espaço) COMO SE MOVE ( referentes a qualidades do movimento ,tempo e dinâmicas) .
• Espaço cênico:refere-se a condições do ambiente, arquitetura, construções, paisagens sonoras (música ou não), paisagens visuais(cenários,adereços).
Estes três aspectos estão intrínsicamente interligados e compõem o que Marques chama de campo de tessitura da dança.
O que almejamos para o futuro é que a dança seja trabalhada nas escolas tanto quanto o são as demais disciplinas; pois produz significados e trabalha conceitos que também colaboram para o desenvolvimento integral do aluno . Para Isabel Marques, o aluno deveria ter um conhecimento tão qualificado nesta área tanto quanto aquele que recebe nas disciplinas de Geografia, Matemática ou qualquer outra disciplina do currículo, de modo que se pretender a uma profissionalização em dança,este preparo anterior já poderia ter sido oferecido na escola e não somente nas academias particulares de dança.
A afirmação da dança no currículo escolar é recente e ainda tem um caminho longo a percorrer, mas a partir dos PCNs ,da prolifereção dos cursos de graduação com licenciatura na área e as discussões no Colegiado Setorial de Dança do Ministério da Cultura , um novo horizonte pode ser delineado.
Bibliografia:
-Marques,Isabel A. Dançando na Escola?Isabel A.Marques-São Paulo: Cortez, 2003
-Marques,Isabel A.Linguagem da dança: arte e ensino/Isabel Marques.—1ed.—São Paulo: Digitexto,2010.
-Strazzacappa,Márcia.Entre a arte e a docência: a formação do artista da dança/Márcia Strazzacappa e Carla Morandi-Campinas,SP: Papirus,2006.
-Laban,Rudolf Von .Dança Educativa Moderna,Icone Editora.1990.
-Vargas,Lisete Arnizaut Machado de. Escola em Dança: movimento,expressão e arte.Lisete Arnizaut Machado de Vargas.Porto Alegre:Mediação.2007.
-Atelier Livre Municipal- texto oficina para professores – 2010-
-Apontamentos de texto de Regina Miranda- coreógrafa
Câmara de Vereadores homenageia Atelier Livre
Os 25 anos de existência do Atelier Livre Municipal foram reverenciados na sessão da Câmara de Vereadores no ultimo dia 09 de junho.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Flash Mob Dance
Alunos do curso de dança do Atelier LIvre participaram do Flash Mob Dance, organizado pela Associação Pró-Dança de NH no dia 28 de abril.O evento aconteceu no Calçadão Osvaldo Cruz e no Bourbon Shopping Novo Hamburgo.No total participaram cerca de 120 bailarinos e bailarnas de diversas faixas etárias .
O público foi recepetivo e a iniciativa da Pró-Dança muito elogiada.
No you tube já estáo no ar alguns videos do Flash Mob em NH.
O público foi recepetivo e a iniciativa da Pró-Dança muito elogiada.
No you tube já estáo no ar alguns videos do Flash Mob em NH.
domingo, 24 de abril de 2011
Pina Bausch - Espetáculo Ten Chi
Novamente em Porto Alegre, a Cia de Dança da coreógrafa alemã Pina Bausch,Tanztheater Wuppertal, surpreende e arranca aplausos calorosos da platéia,que lotou o Teatro do Sesi em POA no dia 23 de abril.
A primeira oportunidade que tive de assistir ,ao vivo, à Cia. alemã, foi em 2006 durante o POrto Alegre em Cena. Na ocasiáo, quando da chegada do público ao teatro , a cena já estava aberta.Na época isto causou-me um estranhamento, mas ao mesmpo tempo foi um desvelar do palco que já vai aproximando o público, como se o mesmo fosse seu cúmplice. Os bailarinos maravilhosos em sua atuação revezavam-se em cena, surpreendendo-me com cenas bem humoradas e com diálogos em português e peculiaridades de nosso país. Aquele espetáculo se chamava "Para as Crianças de Ontem, Hoje e Amanhã (2002).
Era muito lúdico. Até hoje lembro dos bailarinos correndo pelo palco, com braços abertos e as mãos balançando. Algo tão simples ,mas de uma poética incrível.E percebi que aquilo também era dança.
Outra lembrança é a da coreografia que o bailarino Lutz Foster , executou somente com as mãos ao som da música Leãozinho.
Em nosso imaginário vislumbramos performances de dança atléticas,vigorosas,altamente técnicas e descartamos algumas movimentações simples ,por termos um pré-entendimento de que não servem ,pois não são bonitas ou são esquisitas.Isto acontece.
Ao final daquele espetáculo, no acesso aos camarins, consegui tirar uma foto com Pina,algo que guardo como uma preciosa recordação.
"Pina faleceu em 2009 aos 68 anos, cinco dias após ter sido diagnosticada com câncer.
Houve um momento de interrogação sobre o futuro da companhia Tanztheater Wuppertal, que desde 1973 havia se tornado sinônimo da inovação provocada na dança contemporânea pela referencial coreógrafa alemã. Mas o grupo, em sua maioria formado por colaboradores de longa data, não só continuou como teve sua equipe praticamente inalterada.
Sob comando dos coreógrafos Dominique Mercy e Robert Sturm, o Tanztheater Wuppertal apresenta Ten Chi (“céu e terra”).Estreado em 2004, trata-se de um dos diários de viagem em forma de espetáculo criados por Pina em homenagem a lugares por onde esteve . A referência, aqui, é o Japão, resultado de uma estadia de três semanas na cidade de Saitama."
Desta vez a cena também já estava aberta.Um dorso e um grande rabo de baleia estavam no palco.Expectativa.O que me grudou na mente é a imagem daqueles bailarinos e sua dança que se irradia por todo o corpo,a partir do seu centro e braços.Passam a sensação de que apreendem o espaço , de que deslocam o ar que está ao seu redor produzindo um rastro de energia. Os papéis brancos que começaram a cair em todo o palco a certa altura da primeira parte conferiu um estética muito surrealista , hipnotizante em alguns momentos e conferindo um certo ar de imagem em 3D à movimentação dos bailarinos.
O final foi arrepiante ! Os bailarinos em frenesi irrompiam o palco vindo das coxias e da platéia,dançando suas frases de movimento enlouquecedoramente, sem perda de qualidade técnica e dinâmica ; tudo isso em meio aquela chuva de papel picado ... Haja coração!
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A primeira oportunidade que tive de assistir ,ao vivo, à Cia. alemã, foi em 2006 durante o POrto Alegre em Cena. Na ocasiáo, quando da chegada do público ao teatro , a cena já estava aberta.Na época isto causou-me um estranhamento, mas ao mesmpo tempo foi um desvelar do palco que já vai aproximando o público, como se o mesmo fosse seu cúmplice. Os bailarinos maravilhosos em sua atuação revezavam-se em cena, surpreendendo-me com cenas bem humoradas e com diálogos em português e peculiaridades de nosso país. Aquele espetáculo se chamava "Para as Crianças de Ontem, Hoje e Amanhã (2002).
Era muito lúdico. Até hoje lembro dos bailarinos correndo pelo palco, com braços abertos e as mãos balançando. Algo tão simples ,mas de uma poética incrível.E percebi que aquilo também era dança.
Outra lembrança é a da coreografia que o bailarino Lutz Foster , executou somente com as mãos ao som da música Leãozinho.
Em nosso imaginário vislumbramos performances de dança atléticas,vigorosas,altamente técnicas e descartamos algumas movimentações simples ,por termos um pré-entendimento de que não servem ,pois não são bonitas ou são esquisitas.Isto acontece.
Ao final daquele espetáculo, no acesso aos camarins, consegui tirar uma foto com Pina,algo que guardo como uma preciosa recordação.
"Pina faleceu em 2009 aos 68 anos, cinco dias após ter sido diagnosticada com câncer.
Houve um momento de interrogação sobre o futuro da companhia Tanztheater Wuppertal, que desde 1973 havia se tornado sinônimo da inovação provocada na dança contemporânea pela referencial coreógrafa alemã. Mas o grupo, em sua maioria formado por colaboradores de longa data, não só continuou como teve sua equipe praticamente inalterada.
Sob comando dos coreógrafos Dominique Mercy e Robert Sturm, o Tanztheater Wuppertal apresenta Ten Chi (“céu e terra”).Estreado em 2004, trata-se de um dos diários de viagem em forma de espetáculo criados por Pina em homenagem a lugares por onde esteve . A referência, aqui, é o Japão, resultado de uma estadia de três semanas na cidade de Saitama."
Desta vez a cena também já estava aberta.Um dorso e um grande rabo de baleia estavam no palco.Expectativa.O que me grudou na mente é a imagem daqueles bailarinos e sua dança que se irradia por todo o corpo,a partir do seu centro e braços.Passam a sensação de que apreendem o espaço , de que deslocam o ar que está ao seu redor produzindo um rastro de energia. Os papéis brancos que começaram a cair em todo o palco a certa altura da primeira parte conferiu um estética muito surrealista , hipnotizante em alguns momentos e conferindo um certo ar de imagem em 3D à movimentação dos bailarinos.
O final foi arrepiante ! Os bailarinos em frenesi irrompiam o palco vindo das coxias e da platéia,dançando suas frases de movimento enlouquecedoramente, sem perda de qualidade técnica e dinâmica ; tudo isso em meio aquela chuva de papel picado ... Haja coração!
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