No palco , as ações cênico-coreográficas capturam o público para o mundo do simbólico.Aos poucos ,o discurso dançado vai impregnando o sensivel de cada pessoa que se encontra na platéia ,e esta o absorve de acordo com suas vivências, crenças, entendimentos.
No entanto ... nas coxias ... o mundo real se corporifica em extremos: nervos a flor da pele, frio na barriga, sinais da cruz, "gritinhos" mudos , correntes de boa oesperas ansiosas ,conversas nervosas(quantas coreografias faltam? como é aquela parte mesmo? ) correrias para troca de figurinos, respirações profundas , euforias , sentimentos contraditórios , ajustes e consertos de última hora que só o Leopoldo é capaz de resolver .Sem falar dos muitos rituais individuais de preparação para adentrar no palco da melhor maneira possivel. Acontece também, o oposto de tudo isto: a calma, a observação, a placidez , um clima zen.
Um passo apenas separa o palco dos bastidores . Mas ambos compõem o espetáculo.Um não existe sem o outro.
O tempo vai ensinando e acalmando um pouco esta agitação, mas ela existirá sem duvida pois é manifestação intensa da VIDA que ali está, pulsando intensamente dentro de cada um .
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