Dia 14 de julho, às 20h ,no Teatro Paschoal Carlos Magno-NH, com entrada gratuita.
Na primeira parte do programa serão apresentados os trabalhos coreográficos desenvolvidos por alunos de dança do Atelier. Estão inscritos os alunos: Bruno Seixas, Franciele Goulart, Amabily Mello,Gabriela Voss, Nicole Assmann,Caroline Delly,Laíza Reinheimer, Marília Ramos,Bruna Alves,Bruna Machado e Amanda Grin.
Na segunda parte, haverá a participação da Malma Cia. de Dança, com a pré-estréia do trabalho "Muito Prazer Piaff" , do coreógrafo Arilton Assunção .
A Malma Cia de Dança, tem direção de Alex Lassakoski .
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Seminário de Arte - A Dança na Escola: área de conhecimento ou só coreografia?
Aurea Juliana Feijó
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais a dança aparece nas diretrizes de Arte e de Educação Física. No entanto, o que se percebe nestes contextos é que a dança deveria ser abordada de forma mais ampla e significativa, contribuindo para sua efetiva ocorrência no currículo.
Quando é oferecida na escola, sua presença estrutura-se principalmente como atividade extra-classe, geralmente a cargo de professores de educação física, de arte , daquele professor que se identifica com o assunto, que gosta de dançar ou que já dançou em algum momento de sua vida. Assim , em muitos casos , a dança que acontece nas escolas acaba traduzindo-se em coreografias para festividades escolares,sem aprofundamento de conceitos e conhecimentos.
Carla Morandi, no livro Entre a Arte e a Docência na pg.74. corrobora esta afirmação ao colocar que : “Assim, desprovida de um processo de construção corporal do conhecimento, a dança surge já na forma de ensaios. Mesmo justificando a participação dos alunos na elaboração das coreografias, a criação sem o processo de elaboração corporal torna-se mera reprodução de passos desprovidos de estudo de reflexão do movimento.”
Já Márcia Strazzacappa, também no Livro Entre a Arte e a docência,2009,pag.17, esclarece muito bem a situação da dança dentro da escola ao afirmar que : “ a dança trabalha o corpo e o movimento do indivíduo, mas isso a educação física também faz. A dança desenvolve noções rítmicas, mas a música também. A dança amplia as noções espaciais da criança e do adolescente situando-os no tempo e no espaço e desenvolvendo sua expressão corporal, mas o teatro também. A dança preocupa-se com a educação estética, mas as artes plásticas também. A dança proporciona o desenvolvimento da criatividade e da sensibilidade, mas isso todas as linguagens artísticas proporcionam... “Esta situação deixa a sensação de que a dança não se caracteriza como área de conhecimento autônoma, pois não tem conteúdo próprio”.
O que não é verdade. É importante que saibamos que a dança é uma área de conhecimento autônoma, com conceitos e fundamentos próprios , que estabelece ligações com outra linguagens artísticas , que dialoga com as ciências,que produz conhecimentos.
E na escola, sua importância justifica-se em si mesma, tanto quanto outras áreas do conhecimento que também são capazes de socializar,integrar, descontrair, desinibir, etc.
Como diz Morandi ,2009,pág.90 “o propósito da dança como forma de arte e expressão é justamente propiciar ao corpo que dança possibilidades diferenciadas de percepção e cognição, diferentemente do que ocorre com o corpo na dança da festa junina ou outra festa qualquer.”
Nesta colocação ,o corpo que dança ,pode ser entendido como um corpo presente, autor de sua construção de conhecimento, enraizado ; diferente de um corpo na dança entendido como circunstancial ,laisser-faire, desprovido de um maior comprometimento a não ser o divertimento.
Assim, diferente do que criar “danças” que acabam sendo movimentos na música, as coreografias devem ser o resultado de um processo de construção de conhecimentos realizado ao longo das aulas.
As apresentações são importantes e estimulantes para os alunos, fazem parte do universo da dança. São oportunidades que se tem de mostrar o resultado do trabalho desenvolvido .O resultado é cênico. A dança é uma arte efêmera, que acontece na dimensão do tempo e do espaço. Ela acontece e some. Seu registro, a princípio, fica na memória das pessoas que a executaram ou assistiram.
Temos que lembrar também que em muitos casos é através destes momentos que a comunidade escolar tem a oportunidade de ter uma educação estética,.
Diante disto, vemos a dimensão da importância e do alcance daquilo que propomos colocar em cena.
E mais ,é preciso ter em mente que o professor que está a frente da mediação dos conhecimentos também tem que passar pelo processo do fazer-sentir-refletir para estruturar internamente o movimento.Ele também precisa compreender o caminho do movimento no corpo, suas dinâmicas energéticas, conexões, impulsos e sinergias. É preciso descobrir a inteligência que existe no movimento corporal.
Assim, concordamos com Morandi, 2009 ,pag.88 quando diz: “Acreditamos que um estudo mais aprofundado em dança para os professores que desejam trabalhá-la nas escolas seja essencial para que este ensino se efetive, e isto necessariamente tem que passar pelo corpo do professor.
Por isto também acreditamos que a metodologia nos projetos de dança criativa não pode ser pautada somente na bagagem cultural do aluno.Ela é importante na medida em que faz suscitar o crescimento e a autoria do aluno no processo de aprendizagem,mas o professor tem que propor situações diferenciadas que gerem uma construção de conhecimentos, que ampliem o universo simbólico e o vocabulário técnico - motriz do aluno.
Denise Siqueira, em seu livro Corpo, Comunicação e Cultura, cita David Berlo que diz: “A dança, como qualquer forma artística que comunique, que tenha significação, exige um código. Em cada situação, o comunicador tem um conjunto de elementos e várias alternativas para combiná-los. Ser bom dançarino seria, em parte, conhecer o vocabulário disponível e ser capaz de estruturá-lo da maneira mais positiva.”
Ao longo de nossa vida aprendemos a falar e escrever ,mas o mesmo não se aplica ao movimento.Conhecê-lo é como saber falar e escrever, articular palavras ,buscar um sentido e descobrir seu estilo pessoal. Expandir o vocabulário de movimento significa a compreensão e produção de movimentos de qualidades diversas ,uma experiência que visa o sujeito, que o expõe e conscientiza de outras possibilidades de resposta corporal as solicitações internas e externas.
Não podemos deixar de citar também a questão sobre o espaço adequado para um desenvolvimento do trabalho em dança.Piso e espaço adequados facilitam e ampliam as possibilidades de movimentos . A dança vai se reforçar na escola também a partir do momento em que o professor lutar por sua afirmação dentro do currículo como conteúdo da arte, articulado de maneira mais adequada, sem improvisações.
DANÇA- muito mais do que passos
Lisete Vargas , em seu livro Escola em Dança ,2007, pág 62 ,coloca que : “O corpo é o próprio ser humano, sua natureza corpórea é a base de sua existência,se não há corpo obviamente não há pessoa . O corpo é o ponto de partida para todo trabalho expressivo.Não ocorre nada quando não se sente nos ossos,músculos e na respiração.” Ser humano aqui entendido como consciência e corporeidade., um corpo que pensa, um pensamento que é corpo.
Como a dança trabalha /atua /interfere com todo este aparato de consciência e corporeidade, podemos dizer que dança é o pensamento do corpo, ou a linguagem escondida da alma como citou Martha Graham, bailarina norte americana (1894-1991).
Por este motivo a dança é muito mais do que passos com nomes pré determinados tecnicamente . Existe uma construção histórica neste sentido, o ballet clássico é a prova disto. Mas por trás existe um todo de possibilidades a ser acionado que envolve questões do intelecto, fisiológico, mental, emocional e subjetivo .
Para Rudolf Von Laban dança na verdade é uma articulação entre movimento, dançarino, som e o espaço geral. E é esta relação do movimento com os outros aspectos da dança que a transformam em arte, pois criam-se relações simbólicas e significativas entre aquele que interpreta o movimento e o meio. É uma linguagem impregnada de percepções táteis, visuais, auditivas, afetivas e cinestésicas.
E para Isabel Marques, no Livro Linguagem da Dança-Arte e Ensino, a linguagem da dança é um sistema de signos que permite a produção de significados e seus campos básicos, são: o intérprete ( o corpo dançante), o movimento da dança e o espaço cênico. As significações produzidas através destes campos de atuação, formando relações plurais, abertas e infinitas de coerência, constituem os eventos da dança. E aí,partindo desta gama de possibilidades, cada época, gênero, estilo, coreógrafo, diretor, intérprete de dança faz os seus recortes .
Assim, segundo Marques ,no que diz respeito ao:
intérprete :perguntamos: QUEM / COM QUEM SEMOVE? Quem é o ser que está a nossa frente enquanto aluno: biotipo,gênero,idade,etnia,classe,religião,orientaçãosexual,nacionalidade, percepção e organização corporal,atitude cênica,técnicas corporais,uso de figurinos e adereços.
• Movimento: perguntamos: O QUE SE MOVE (corpo- todas as referências e possibilidades corporais) ONDE SE MOVE ( estruturações referentes ao espaço) COMO SE MOVE ( referentes a qualidades do movimento ,tempo e dinâmicas) .
• Espaço cênico:refere-se a condições do ambiente, arquitetura, construções, paisagens sonoras (música ou não), paisagens visuais(cenários,adereços).
Estes três aspectos estão intrínsicamente interligados e compõem o que Marques chama de campo de tessitura da dança.
O que almejamos para o futuro é que a dança seja trabalhada nas escolas tanto quanto o são as demais disciplinas; pois produz significados e trabalha conceitos que também colaboram para o desenvolvimento integral do aluno . Para Isabel Marques, o aluno deveria ter um conhecimento tão qualificado nesta área tanto quanto aquele que recebe nas disciplinas de Geografia, Matemática ou qualquer outra disciplina do currículo, de modo que se pretender a uma profissionalização em dança,este preparo anterior já poderia ter sido oferecido na escola e não somente nas academias particulares de dança.
A afirmação da dança no currículo escolar é recente e ainda tem um caminho longo a percorrer, mas a partir dos PCNs ,da prolifereção dos cursos de graduação com licenciatura na área e as discussões no Colegiado Setorial de Dança do Ministério da Cultura , um novo horizonte pode ser delineado.
Bibliografia:
-Marques,Isabel A. Dançando na Escola?Isabel A.Marques-São Paulo: Cortez, 2003
-Marques,Isabel A.Linguagem da dança: arte e ensino/Isabel Marques.—1ed.—São Paulo: Digitexto,2010.
-Strazzacappa,Márcia.Entre a arte e a docência: a formação do artista da dança/Márcia Strazzacappa e Carla Morandi-Campinas,SP: Papirus,2006.
-Laban,Rudolf Von .Dança Educativa Moderna,Icone Editora.1990.
-Vargas,Lisete Arnizaut Machado de. Escola em Dança: movimento,expressão e arte.Lisete Arnizaut Machado de Vargas.Porto Alegre:Mediação.2007.
-Atelier Livre Municipal- texto oficina para professores – 2010-
-Apontamentos de texto de Regina Miranda- coreógrafa
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais a dança aparece nas diretrizes de Arte e de Educação Física. No entanto, o que se percebe nestes contextos é que a dança deveria ser abordada de forma mais ampla e significativa, contribuindo para sua efetiva ocorrência no currículo.
Quando é oferecida na escola, sua presença estrutura-se principalmente como atividade extra-classe, geralmente a cargo de professores de educação física, de arte , daquele professor que se identifica com o assunto, que gosta de dançar ou que já dançou em algum momento de sua vida. Assim , em muitos casos , a dança que acontece nas escolas acaba traduzindo-se em coreografias para festividades escolares,sem aprofundamento de conceitos e conhecimentos.
Carla Morandi, no livro Entre a Arte e a Docência na pg.74. corrobora esta afirmação ao colocar que : “Assim, desprovida de um processo de construção corporal do conhecimento, a dança surge já na forma de ensaios. Mesmo justificando a participação dos alunos na elaboração das coreografias, a criação sem o processo de elaboração corporal torna-se mera reprodução de passos desprovidos de estudo de reflexão do movimento.”
Já Márcia Strazzacappa, também no Livro Entre a Arte e a docência,2009,pag.17, esclarece muito bem a situação da dança dentro da escola ao afirmar que : “ a dança trabalha o corpo e o movimento do indivíduo, mas isso a educação física também faz. A dança desenvolve noções rítmicas, mas a música também. A dança amplia as noções espaciais da criança e do adolescente situando-os no tempo e no espaço e desenvolvendo sua expressão corporal, mas o teatro também. A dança preocupa-se com a educação estética, mas as artes plásticas também. A dança proporciona o desenvolvimento da criatividade e da sensibilidade, mas isso todas as linguagens artísticas proporcionam... “Esta situação deixa a sensação de que a dança não se caracteriza como área de conhecimento autônoma, pois não tem conteúdo próprio”.
O que não é verdade. É importante que saibamos que a dança é uma área de conhecimento autônoma, com conceitos e fundamentos próprios , que estabelece ligações com outra linguagens artísticas , que dialoga com as ciências,que produz conhecimentos.
E na escola, sua importância justifica-se em si mesma, tanto quanto outras áreas do conhecimento que também são capazes de socializar,integrar, descontrair, desinibir, etc.
Como diz Morandi ,2009,pág.90 “o propósito da dança como forma de arte e expressão é justamente propiciar ao corpo que dança possibilidades diferenciadas de percepção e cognição, diferentemente do que ocorre com o corpo na dança da festa junina ou outra festa qualquer.”
Nesta colocação ,o corpo que dança ,pode ser entendido como um corpo presente, autor de sua construção de conhecimento, enraizado ; diferente de um corpo na dança entendido como circunstancial ,laisser-faire, desprovido de um maior comprometimento a não ser o divertimento.
Assim, diferente do que criar “danças” que acabam sendo movimentos na música, as coreografias devem ser o resultado de um processo de construção de conhecimentos realizado ao longo das aulas.
As apresentações são importantes e estimulantes para os alunos, fazem parte do universo da dança. São oportunidades que se tem de mostrar o resultado do trabalho desenvolvido .O resultado é cênico. A dança é uma arte efêmera, que acontece na dimensão do tempo e do espaço. Ela acontece e some. Seu registro, a princípio, fica na memória das pessoas que a executaram ou assistiram.
Temos que lembrar também que em muitos casos é através destes momentos que a comunidade escolar tem a oportunidade de ter uma educação estética,.
Diante disto, vemos a dimensão da importância e do alcance daquilo que propomos colocar em cena.
E mais ,é preciso ter em mente que o professor que está a frente da mediação dos conhecimentos também tem que passar pelo processo do fazer-sentir-refletir para estruturar internamente o movimento.Ele também precisa compreender o caminho do movimento no corpo, suas dinâmicas energéticas, conexões, impulsos e sinergias. É preciso descobrir a inteligência que existe no movimento corporal.
Assim, concordamos com Morandi, 2009 ,pag.88 quando diz: “Acreditamos que um estudo mais aprofundado em dança para os professores que desejam trabalhá-la nas escolas seja essencial para que este ensino se efetive, e isto necessariamente tem que passar pelo corpo do professor.
Por isto também acreditamos que a metodologia nos projetos de dança criativa não pode ser pautada somente na bagagem cultural do aluno.Ela é importante na medida em que faz suscitar o crescimento e a autoria do aluno no processo de aprendizagem,mas o professor tem que propor situações diferenciadas que gerem uma construção de conhecimentos, que ampliem o universo simbólico e o vocabulário técnico - motriz do aluno.
Denise Siqueira, em seu livro Corpo, Comunicação e Cultura, cita David Berlo que diz: “A dança, como qualquer forma artística que comunique, que tenha significação, exige um código. Em cada situação, o comunicador tem um conjunto de elementos e várias alternativas para combiná-los. Ser bom dançarino seria, em parte, conhecer o vocabulário disponível e ser capaz de estruturá-lo da maneira mais positiva.”
Ao longo de nossa vida aprendemos a falar e escrever ,mas o mesmo não se aplica ao movimento.Conhecê-lo é como saber falar e escrever, articular palavras ,buscar um sentido e descobrir seu estilo pessoal. Expandir o vocabulário de movimento significa a compreensão e produção de movimentos de qualidades diversas ,uma experiência que visa o sujeito, que o expõe e conscientiza de outras possibilidades de resposta corporal as solicitações internas e externas.
Não podemos deixar de citar também a questão sobre o espaço adequado para um desenvolvimento do trabalho em dança.Piso e espaço adequados facilitam e ampliam as possibilidades de movimentos . A dança vai se reforçar na escola também a partir do momento em que o professor lutar por sua afirmação dentro do currículo como conteúdo da arte, articulado de maneira mais adequada, sem improvisações.
DANÇA- muito mais do que passos
Lisete Vargas , em seu livro Escola em Dança ,2007, pág 62 ,coloca que : “O corpo é o próprio ser humano, sua natureza corpórea é a base de sua existência,se não há corpo obviamente não há pessoa . O corpo é o ponto de partida para todo trabalho expressivo.Não ocorre nada quando não se sente nos ossos,músculos e na respiração.” Ser humano aqui entendido como consciência e corporeidade., um corpo que pensa, um pensamento que é corpo.
Como a dança trabalha /atua /interfere com todo este aparato de consciência e corporeidade, podemos dizer que dança é o pensamento do corpo, ou a linguagem escondida da alma como citou Martha Graham, bailarina norte americana (1894-1991).
Por este motivo a dança é muito mais do que passos com nomes pré determinados tecnicamente . Existe uma construção histórica neste sentido, o ballet clássico é a prova disto. Mas por trás existe um todo de possibilidades a ser acionado que envolve questões do intelecto, fisiológico, mental, emocional e subjetivo .
Para Rudolf Von Laban dança na verdade é uma articulação entre movimento, dançarino, som e o espaço geral. E é esta relação do movimento com os outros aspectos da dança que a transformam em arte, pois criam-se relações simbólicas e significativas entre aquele que interpreta o movimento e o meio. É uma linguagem impregnada de percepções táteis, visuais, auditivas, afetivas e cinestésicas.
E para Isabel Marques, no Livro Linguagem da Dança-Arte e Ensino, a linguagem da dança é um sistema de signos que permite a produção de significados e seus campos básicos, são: o intérprete ( o corpo dançante), o movimento da dança e o espaço cênico. As significações produzidas através destes campos de atuação, formando relações plurais, abertas e infinitas de coerência, constituem os eventos da dança. E aí,partindo desta gama de possibilidades, cada época, gênero, estilo, coreógrafo, diretor, intérprete de dança faz os seus recortes .
Assim, segundo Marques ,no que diz respeito ao:
intérprete :perguntamos: QUEM / COM QUEM SEMOVE? Quem é o ser que está a nossa frente enquanto aluno: biotipo,gênero,idade,etnia,classe,religião,orientaçãosexual,nacionalidade, percepção e organização corporal,atitude cênica,técnicas corporais,uso de figurinos e adereços.
• Movimento: perguntamos: O QUE SE MOVE (corpo- todas as referências e possibilidades corporais) ONDE SE MOVE ( estruturações referentes ao espaço) COMO SE MOVE ( referentes a qualidades do movimento ,tempo e dinâmicas) .
• Espaço cênico:refere-se a condições do ambiente, arquitetura, construções, paisagens sonoras (música ou não), paisagens visuais(cenários,adereços).
Estes três aspectos estão intrínsicamente interligados e compõem o que Marques chama de campo de tessitura da dança.
O que almejamos para o futuro é que a dança seja trabalhada nas escolas tanto quanto o são as demais disciplinas; pois produz significados e trabalha conceitos que também colaboram para o desenvolvimento integral do aluno . Para Isabel Marques, o aluno deveria ter um conhecimento tão qualificado nesta área tanto quanto aquele que recebe nas disciplinas de Geografia, Matemática ou qualquer outra disciplina do currículo, de modo que se pretender a uma profissionalização em dança,este preparo anterior já poderia ter sido oferecido na escola e não somente nas academias particulares de dança.
A afirmação da dança no currículo escolar é recente e ainda tem um caminho longo a percorrer, mas a partir dos PCNs ,da prolifereção dos cursos de graduação com licenciatura na área e as discussões no Colegiado Setorial de Dança do Ministério da Cultura , um novo horizonte pode ser delineado.
Bibliografia:
-Marques,Isabel A. Dançando na Escola?Isabel A.Marques-São Paulo: Cortez, 2003
-Marques,Isabel A.Linguagem da dança: arte e ensino/Isabel Marques.—1ed.—São Paulo: Digitexto,2010.
-Strazzacappa,Márcia.Entre a arte e a docência: a formação do artista da dança/Márcia Strazzacappa e Carla Morandi-Campinas,SP: Papirus,2006.
-Laban,Rudolf Von .Dança Educativa Moderna,Icone Editora.1990.
-Vargas,Lisete Arnizaut Machado de. Escola em Dança: movimento,expressão e arte.Lisete Arnizaut Machado de Vargas.Porto Alegre:Mediação.2007.
-Atelier Livre Municipal- texto oficina para professores – 2010-
-Apontamentos de texto de Regina Miranda- coreógrafa
Câmara de Vereadores homenageia Atelier Livre
Os 25 anos de existência do Atelier Livre Municipal foram reverenciados na sessão da Câmara de Vereadores no ultimo dia 09 de junho.
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